sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Restaurante Oliver

Localizado no clube de golfe de Brasília, o restaurante Oliver apresenta um clima campestre, com um ambiente em meio a pinheiros, além de uma bela vista para o Lago Paranoá.

Marcado pelo requinte, todo o restaurante apresenta obras de arte, seja em peças e obras, nos móveis, até a apresentação dos pratos.

Um dos diferenciais do restaurante é a opção de escolher meia-porção para todos os pratos, o que estimula os clientes a experimentarem o menu completo, da entrada à sobremesa.

Um clima agradável e uma culinária requintada, mas resta saber o mais importante. Para saber se o serviço é de qualidade, uma vez que não adianta aguardar horas por uma refeição que não chega, e conferir se a comida é realmente saborosa acompanhe abaixo a aventura da repórter em um restaurante chique.

Ana Beatriz Lemos - Oliver


Local: Setor de Clubes Esportivo Sul, Trecho 2, Lote 2, Brasília Golf Center.
Telefone: (61)3323-5961.

Ponte JK: turismo e polêmica em um só lugar

Inaugurada em 15/12/2002, a Ponte Juscelino Kubitschek, também conhecida como Terceira Ponte do Lago Sul foi projetada para solucionar o problema de trânsito dos moradores do Lago Sul, São Sebastião e Paranoá para chegar ao centro de Brasília.

O projeto audacioso impressiona pela funcionalidade e pela arquitetura monumental, com três arcos inspirados pelo movimento de uma pedra quicando sobre a água, a obra se integra ao conceito de Brasília, aliando beleza e inovação.

O que seria apenas mais uma obra do então Governador Joaquim Roriz, tornou-se em pouco tempo um ponto turístico na capital. Primeiramente com visitantes dispersos às margens da ponte, que estacionavam seus carros ao longo do monumento, até a chegada de ambulantes vendendo desde cachorros-quentes, churrasquinhos até bebidas alcoólicas.

Com essa combinação entre bebida, carros e jovens da cidade ou turista, o que seria apenas um local para travessia de veículos, passou a ponto de encontro das mais diversas tribos.

Após um acidente de carro que vitimou três pessoas que passavam de carro pela Ponte JK, devido a uma colisão com veículo em alta velocidade dirigido por um motorista embreagado, o monumento ficou marcado pela tragédia.

Desde então, a Ponte foi interditada para o comércio de ambulantes e proibida a parada de carros ao longo do trajeto.Mesmo com a proibição, ainda é possível observar pedestres tirando fotos na ponte. Para isso, é preciso enfrentar uma longa caminhada por não mais ser possível estacionar mais próximo à ponte.

Acompanhe a opinião de moradores de Brasília sobre a exploração da Ponte JK como ponto turístico e as recentes proibições no local.


Ana Beatriz Lemos - Sonora Ponte Jk

Arriba e adentro



Em 1997, numa visita ao México, Wildemar Assunção, apaixonou-se pela gastronomia mexicana. Voltou ao Brasil cheio de receitas e idéias. Criou o Chili Pepper, que hoje tem duas filiais, uma na 213 norte e outra na 415 sul. O restaurante oferece bufê e serviço à la carte, no almoço, das 11h às 16h e no jantar, das 18h às 24h.

O charme do Chili Pepper são as mantas coloridas, chapéus e quadros que compões a decoração. O restaurante conta ainda com um mezanino com 40 lugares. As sugestões da casa são o chilli dip (feijão mexicano acompanhado de Doritos), para entrada; o taco salad (tortilla grande com salada e filé mignon), como prato principal; e as tradicionais fajitas (arroz e feijão feitos à moda mexiacana, com filé, guacamole e salsa picante).

Confira a crítica gatronômica do blog Radio1.

 Thaís Margalho - Áudio Chili Pepper

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O nosso Centro Cultural do Banco do Brasil


Pense rápido: o que Brasília tem em comum com Rio de Janeiro e São Paulo? O Centro Cultural Banco do Brasil, é claro! Os íntimos chamam simplesmente de CCBB. Localizado no Trecho 2 do Setor de Clubes Sul, a bela construção parece um oásis no meio do cerrado.

O centro está aberto ao público desde 2000 em um edifício assinado pelo próprio Oscar Niemeyer. O lugar antes era conhecido como Centro de Treinamento do Pessoal do Banco do Brasil. Arrojado, o CCBB já trouxe ao público as gravuras de Picasso, as obras de Miró, os filmes perdidos de Zé do Caixão – e na ocasião, o próprio cineasta -, e peças como A Ordem do Mundo, com a atriz Drica Moraes. Além disso, o CCBB tem uma programação musical que reúne músicos de várias partes do mundo em apresentações abertas ao público. Outras atrações são palestras e discussões organizadas pelo centro.

Apesar da localização não ser das mais privilegiadas, o lugar atrai um contingente fiel de aficionados pelos vários tipos de arte. É o caso do funcionário público Bruno Ribeiro que fala sobre o que atrai o público para o centro cultural e o que precisa melhorar no local:



A arquitetura do lugar por si só é um motivo para se visitar. Além disso, o preço é extremamente acessível. As sessões de cinema saem por R$ 4 a inteira e o teatro à R$ 15. A entrada das exposições é gratuita. E para compensar a localização difícil, o CCBB disponibiliza transporte gratuito que sai de vários pontos da cidade. Ou seja, não tem desculpa.

O preço em conta acaba, de certa forma, sendo também um problema. Acontece que as mostras exclusivas de filmes (a maioria em película) e as peças de sucesso nacional que o CCBB traz para a cidade acabam sendo disputadíssimas pelo público. Então, principalmente no caso do teatro, o negócio é estar na fila na hora em que a bilheteria abrir, ou ficar sem ver o espetáculo.

No mais, o centro conta com uma livraria e um bistrô. Para compensar o preço camarada das atrações, o bistrô do CCBB oferece opções deliciosas, a um preço relativamente salgado. E o pior é que, como não tem nada por perto, o jeito segurar a fome, ou se contentar em pagar mais caro mesmo.

Os óculos escuros de Cartola


Cartola (Brasil, 2006)
Diretores: Lírio Ferreira e Hilton Lacerda
Gênero: Documentário
Duração: 88 minutos

Em um contexto de multiplicação de documentários biográficos, está Cartola - Música Para os Olhos, de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda. Esta cinebiografia sobre a vida de um dos principais mestres do samba levou oito anos para ser finalizada. A obra inova e arrisca, utilizando uma montagem de imagens aparentemente desconexas. Mas, por meio dessa ligação inusitada, que constrói uma narrativa pouco linear, a história de Angenor de Oliveira – o Cartola (1908-1980) – vai sendo contada de maneira leve e agitada, como era a sua vida.

Por excesso de criatividade dos diretores ou por falta de imagens do músico, Cartola utiliza outros filmes para ser montado, reconstituindo a época tão fértil para a cultura brasileira. A partir daí, uma série de cenas de obras nacionais complementam as imagens de arquivo, das chanchadas da Atlântida, acontecimentos políticos e filmes do Cinema Novo, em alguns momentos funcionando como criativas intervenções no roteiro, em outros, apenas caracterizando a História. E foi justamente pela negociação sobre os direitos autorais de imagens de arquivos e de músicas que o documentário demorou a ser finalizado.

No começo, o próprio sambista, autor de mais de 500 canções, narra a sua vida e depois, amigos, músicos e pessoas do meio musical vão dando os seus testemunhos sobre ele, homem de formação acadêmica restrita, que compunha versos com metáforas camonianas e melodias românticas, enquanto lavava carros ou servia cafezinhos.

O documentário não "doura a pílula" e deixa claro que a história do protagonista foi trágica. Teve meningite, quase ficou paraplégico, sumiu da cena artística aos 38 anos e foi até dado como morto. Mas graças ao jornalista Sérgio Porto, o Stanislau Ponte Preta, que o redescobriu em Ipanema, o sambista teve a sua voz finalmente registrada em 1966 em um disco de Elizeth Cardoso.

Cartola, uma das figuras-chave para a consolidação do samba como um símbolo de identidade nacional, só teve o seu primeiro disco lançado aos 66 anos. Fica claro, no entanto, que nada disso era problema para um dos fundadores da escola de samba do Rio de Janeiro, a Estação Primeira de Mangueira, e dono de uma composição sofisticada, que continha em si a contradição de uma vida paradoxalmente dura e glamurosa.

Conheça a crítica de Alice Abbud sobre o documentário.

Os óculos escuros de Cartola - Alice Abbud

Fé, celebração, churrasquinho-de-gato e um público crescente

Este ano a Festa de Maio que acontece na Igreja Nossa Senhora de Fátima completou sua 50ª edição. A quermesse da Igrejinha, como é mais conhecida, acontece do dia 1º ao dia 13 de maio – data da celebração da primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima –, e traz missas, barraquinhas e um ambiente familiar de muita alegria e confraternização.

Com projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, projeto paisagístico de Burle Marx e azulejos do artista plástico Athos Bulcão a Igrejinha, baseada em um chapéu de freira, foi tombada pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) como patrimônio cultural. Todos os fundos arrecadados durante os 13 dias são revertidos para a restauração do templo, recuperação da memória e história popular da Igrejinha – inaugurada em 1958, antes mesmo de Brasília –, além de doações para uma creche em Ceilândia, a formação dos seminaristas e missionários e serviços sociais diversos. Mas Frei Cláudio, um dos responsáveis pela Festa, destaca que o maior objetivo no evento é “valorizar a família e motivar as pessoas a crescerem e se desenvolverem espiritualmente”.

Há 10 anos, a Festa não pára de crescer. São cerca de 500 fiéis envolvidos na organização do evento, que começa em outubro do ano anterior. Durante toda a trezena, acontecem procissões em direção à primeira e mais tradicional Igreja do Plano Piloto, onde se celebra uma missa. A cada dia, uma procissão começa em um prédio residencial diferente das quadras próximas à Igrejinha e culmina na coroação de Nossa Senhora de Fátima. Após as celebrações religiosas, inúmeras famílias aproveitam as barraquinhas de comidas típicas, brincadeiras e artigos religiosos ao som de diversas bandas entre as quadras 307 e 308 da Asa Sul. Nesse ano, a Festa contou com apresentações das bandas da Polícia Militar, Aeronáutica e Corpo de Bombeiros.

Serviço
Procissão – 18h30
Missa – 19h
Dia 13
Missas às 7h, 9h, 10h30, 12h, 15h, 17h e 19h.

Conheça a opinião de pessoas ligadas à Festa de Maio de alguma forma.

Três opiniões sobre a festa

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A humanidade cega

Título Original: Blindness
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 120 minutos
Ano de Lançamento (Brasil / Canadá / Japão): 2008
Site Oficial: http://www.ensaiosobreacegueirafilme.com.br/ Direção: Fernando Meirelles
Roteiro: Don McKellar, baseado em livro de José Saramago Edição: Daniel Rezende

O vencedor do Prêmio Nobel de literatura, José Saramago, e o aclamado diretor Fernando Meirelles (O Jardineiro Fiel, Cidade de Deus) nos trazem a comovente história sobre a humanidade em meio à epidemia de uma misteriosa cegueira.

A doença surge inicialmente em um homem no trânsito e, pouco a pouco, se espalha pelo país. As pessoa com quem ele encontra - sua esposa, seu médico e até mesmo o bom samaritano que lhe oferece carona para casa terão o mesmo destino. À medida que a doença se espalha, o pânico contagia a cidade. As novas vítimas da "cegueira branca" são cercadas e colocadas em quarentena num hospício caindo aos pedaços.

Neste caos, a única pessoa que ainda consegue enxergar é a mulher de um médico (Julianne Moore), que juntamente com um grupo de internos tenta encontrar a humanidade perdida. Com uma coragem cada vez maior, ela será a líder de uma improvisada família de sete pessoas que sai em uma jornada, atravessando o horror e o amor, a depravação e a incerteza, com o objetivo de fugir do hospital e seguir pela cidade devastada, onde eles buscam uma esperança. A jornada da família lança luz tanto sobre a perigosa fragilidade da sociedade como também no exasperador espírito de humanidade.

Acompanhe o que o crítico de cinema, Leonardo Feijão, tem a dizer sobre o filme.


Compartilhando experiências


Nós, focas, jornalistas iniciantes ou estudantes de jornalismo, não encontramos com facilidade um guia entre os textos técnicos publicados no Brasil. Segundo este livro, Foca é o jornalista novato, bisonho, ou seja, não experimentado, aquele que está caminhando para essa profissão.

Nesta obra “O Manual do Foca – guia de sobrevivência para jornalistas” temos o apoio e solução para nossas dúvidas, tanto nós focas, quanto jornalistas mais experientes. E é por acreditar que o texto foi o início de tudo que a autora, Thais de Mendonça Jorge, procura dar orientações sobre como escrever em estilo jornalístico, estilo este que, segundo ela, apresenta dificuldades no início, mas que se torna muito claro a partir do domínio de determinadas ferramentas.

A nova mídia mantém os compromissos da imprensa para com o público. Ao jornalista cabe mostrar os vários ângulos da questão e resgatar o papel dos primórdios: a fim de melhor comunicar, o jornalista deve colocar a notícia na melhor forma – in-formar. O que ele tem mesmo a fazer é publicar, no sentido latino: deixar à disposição do público. A escrita ainda predomina, inclusive na rede mundial dos computadores.

A ênfase deste livro é sobre o jornalismo impresso, o primeiro dos jornalismos, mas também é abordado o texto para a internet, um dos gêneros mutantes do jornalismo atual. Ele tem seu conteúdo dividido em três partes: conceitos de notícia, produção da notícia e redação da notícia

Segundo a autora, o Manual do foca começou a ser escrito em 1986, durante suas aulas na Universidade Federal Fluminense, em Niterói (RJ). A carência de material prático para as disciplinas técnicas do curso de Jornalismo tornou-a uma colecionadora de documentos da rotina diária dos jornais.

Para Thais, esta é uma obra para os que sentem algum apelo direcionado à profissão que o escritor e jornalista colombiano Gabriel García Márquez qualifica como “a melhor do mundo”, ou que estejam pensando em aprendê-la para uso no dia-a-dia.

Amazonir Araújo - sobre "O manual do foca"

Brasília: Patrimônio Cultural da Humanidade

Como Capital Federal, Brasília é o palco das mais importantes decisões políticas e econômicas do País. Mas este lado sério não diminui a tranqüilidade. A atmosfera existente espera o turista; a cidade é repleta de áreas verdes e de entretenimento para todos os gostos e idades.

Dividida em setores, com avenidas largas, Brasília tem uma excelente rede hoteleira, bem como uma infra-estrutura preparada para abrigar eventos de variados tipos e portes. No ramo cultural e gastronômico, Brasília também não deixa a desejar. Teatros, museus, restaurantes nacionais e internacionais, bares e clubes. Um cardápio de atrações muito variado que se adapta a qualquer paladar.

Além de suas diferentes atrações, a Capital Federal tem algo verdadeiramente especial, é Patrimônio Cultural da Humanidade. Brasília é a única cidade do mundo com uma audaciosa arquitetura concebida pelo planejamento urbano de Lúcio Costa e enriquecida pelas Obras de Oscar Niemeyer. Uma destas construções, o Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente, tem se tornado um dos maiores símbolos da arquitetura moderna brasileira.

O reconhecimento do valor patrimonial de Brasília fundamentou-se no plano urbanístico de Lúcio Costa, concebido em quatro escalas estruturais: a Monumental - compreendida em todo o Eixo Monumental e que abriga a alma político-administrativa do País -; a Gregária - representada por todos os setores de convergência da população -; a Residencial - composta pelas Superquadras Sul e Norte - e a Bucólica - que permeia as outras três, por se destinar aos gramados, praças, áreas de lazer, orla do lago Paranoá e aos jardins tropicais de Burle Marx.

Da interação dessas quatro escalas nasceu uma cidade que "sendo monumental, é também cômoda, eficiente, acolhedora e íntima. É ao mesmo tempo, derramada e concisa, bucólica e urbana, lírica e funcional", avaliou Lucio Costa.

Bem vindo à Brasília.